ÁLCOOL REPRESENTA 45% DAS MORTES NO TRÂNSITO
(ENTRE MOTORISTAS DE
CARRO, ÍNDICE É DE 56,6%)
Dos motoristas e motociclistas que morreram em acidentes de
trânsito na Capital, 45% deles tinham consumido bebidas alcoólicas. Entre os
condutores de carros, o índice de alcoolizados é ainda maior e chega a 56,6% do
total de ocorrências. Já nas colisões com motos, foi constatado que 39,8% dos
que dirigiam haviam ingerido alguma quantidade de álcool antes de morrer. Os
dados foram divulgados ontem, dai 03/09/2007 e fazem parte de uma pesquisa
inédita da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).
Para a pesquisa foram analisados 908 laudos do Instituto Médico-Legal (IML), referentes a acidentes de trânsito de 2005. O estudo não foi finalizado e será apresentado de forma completa no ano que vem. “Essas são as primeiras conclusões identificadas, com base no cruzamento de informações do IML e também da Companhia de Engenharia e Tráfego (CET)”, afirma Júlio de Carvalho Ponce, autor da pesquisa desenvolvida no Departamento de Medicina Legal da USP. “Já identificamos que, entre os condutores de automóveis que tinham consumido bebida, 100% deles ingeriram quantidade acima do que prevê a legislação (0,6g/l). Nos acidentes com motos em que aparece o álcool, 91% deles infringiram a lei”, completa Ponce. Por enquanto, em 312 laudos do IML foram concluídas as análises das dosagens alcoólicas - 196 de motociclistas e 116 de motoristas de carro. O restante dos laudos é sobre outras vítimas - pedestres, pessoas na garupa da moto, outros ocupantes do carro - que ainda serão estudadas. Em média, os condutores apresentaram concentração alcoólica de 1,7g/l - três vezes o que determina a lei de trânsito. Os especialistas afirmam que a insistência em misturar álcool e direção tem origem na impunidade dos crimes de trânsito. “Essa é a raiz do problema. Para promover a prevenção dos acidentes de trânsito, o primeiro passo é criar uma política que, de fato, responsabilize o condutor embriagado pelas vidas perdidas em acidentes”, diz o presidente do Centro de Informações sobre o Álcool, Arthur Guerra de Andrade.
Para a pesquisa foram analisados 908 laudos do Instituto Médico-Legal (IML), referentes a acidentes de trânsito de 2005. O estudo não foi finalizado e será apresentado de forma completa no ano que vem. “Essas são as primeiras conclusões identificadas, com base no cruzamento de informações do IML e também da Companhia de Engenharia e Tráfego (CET)”, afirma Júlio de Carvalho Ponce, autor da pesquisa desenvolvida no Departamento de Medicina Legal da USP. “Já identificamos que, entre os condutores de automóveis que tinham consumido bebida, 100% deles ingeriram quantidade acima do que prevê a legislação (0,6g/l). Nos acidentes com motos em que aparece o álcool, 91% deles infringiram a lei”, completa Ponce. Por enquanto, em 312 laudos do IML foram concluídas as análises das dosagens alcoólicas - 196 de motociclistas e 116 de motoristas de carro. O restante dos laudos é sobre outras vítimas - pedestres, pessoas na garupa da moto, outros ocupantes do carro - que ainda serão estudadas. Em média, os condutores apresentaram concentração alcoólica de 1,7g/l - três vezes o que determina a lei de trânsito. Os especialistas afirmam que a insistência em misturar álcool e direção tem origem na impunidade dos crimes de trânsito. “Essa é a raiz do problema. Para promover a prevenção dos acidentes de trânsito, o primeiro passo é criar uma política que, de fato, responsabilize o condutor embriagado pelas vidas perdidas em acidentes”, diz o presidente do Centro de Informações sobre o Álcool, Arthur Guerra de Andrade.
“A nova pesquisa mostra que os números de acidentes envolvendo
bêbados não melhoraram”, lamenta Júlia Greve, diretora da Associação Brasileira
de Medicina de Tráfego (Abramet). “Faz dez anos que a marca de condutores
alcoolizados gira em torno dos 50%. A relação entre fatalidade e impunidade
fica clara.”Ontem, José Adriano de Freitas completou 25 anos de idade e faz
quatro que carrega as marcas da impunidade. Aos 21, enquanto estava num ponto
de ônibus na Rodovia Presidente Dutra, ele foi atropelado por um motorista
supostamente embriagado e perdeu a perna direita. “Ainda batalhamos pelo
pagamento do seguro de R$ 35 mil. O cara que dirigia está livre. Mas o Adriano
perdeu a liberdade”, afirma a irmã do rapaz, Nailci Freitas.
Para evitar tragédias como essa, a polícia promete apertar o cerco contra os motoristas alcoolizados. A partir de hoje, médicos do Hospital das Clínicas vão capacitar policiais militares e rodoviários para que possam identificar condutores bêbados, ainda que eles se recusem a passar pelo bafômetro. “Vamos intensificar as operações. Mas, sem medidas educativas, não vai adiantar”, afirma o tenente do Batalhão de Trânsito da Capital, Sérgio Marques. Há três semanas, o Jornal da Tarde noticiou que ninguém está preso na Capital por ter cometido um crime de trânsito.
Para evitar tragédias como essa, a polícia promete apertar o cerco contra os motoristas alcoolizados. A partir de hoje, médicos do Hospital das Clínicas vão capacitar policiais militares e rodoviários para que possam identificar condutores bêbados, ainda que eles se recusem a passar pelo bafômetro. “Vamos intensificar as operações. Mas, sem medidas educativas, não vai adiantar”, afirma o tenente do Batalhão de Trânsito da Capital, Sérgio Marques. Há três semanas, o Jornal da Tarde noticiou que ninguém está preso na Capital por ter cometido um crime de trânsito.
SUGESTÃO
Através dos dados apresentados no
texto é possível para o professor
levantar alguns questionamentos junto a seus alunos e que poderão ser discutidos
como forma de conscientização principalmente entre os jovens sobre os perigos
da mistura entre álcool e direção.
Os alunos poderão discutir o assunto
em pequenos grupos e após podem socializar as conclusões para os colegas da
sala através de:
- Reportagem;
- Júri simulado;
- Propaganda;
- Poesia;
- Paródia,
- Mímica,
- Letra de música.
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