Durante audiência pública da Comissão de Educação e Cultura sobre o Plano de Ações Articuladas – PAR, do Ministério da Educação – MEC, realizada hoje, em Brasília, a deputada Professora Dorinha Seabra Rezende (DEM-TO) defendeu a transferência direta de recursos da União para Estados e municípios.
Segundo a parlamentar, a proposta acaba com a necessidade de acordos e convênios, otimizando e assegurando agilidade à execução das políticas públicas de Educação.
“Entre o diagnóstico e a efetiva chegada do recurso, perde-se muito tempo. Na Educação, determinadas ações que não são realizadas no início do ano letivo não precisam mais ser realizadas. Uma capacitação, por exemplo, que precisa ser feita antes de um determinado projeto simplesmente perde o sentido se não for executada a tempo”, disse.
A medida prevê o diagnóstico das principais demandas de Estados e municípios nas áreas de gestão educacional, formação de profissionais de Educação, práticas pedagógicas e avaliação, infraestrutura e recursos pedagógicos. “Na prática, o PARacaba com a política do balcão, que depende da influência político-partidária. Nesse cenário, os deputados que têm mais acesso às autoridades do Executivo, que têm mais facilidade do ponto de vista de negociação acabam levando mais recursos para seus municípios e Estados”, afirmou Rezende.
No entanto, para que o processo alcance resultados positivos, Estados e municípios deverão perseguir metas e prestar contas a respeito dos recursos recebidos. Para a representante do Conselho Nacional de Secretários de Educação – Consed, Rosa de Almeida, o PAR possibilita um maior equilíbrio para o cenário educacional brasileiro. A presidente da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação – Undime, do Piauí, Antônia Araújo, lembra que o programa também contribui na medida em que exige planejamento, recurso ainda muito pouco usado na área da Educação. “O PAR vem combatendo a falta de cultura de planejamento na Educação. Esse diagnóstico até existia antes do programa, mas não de maneira tão qualificada”, concluiu.
Com informações da Agência Câmara de Notícias
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