Durante
60 dias por ano, além das férias, os alunos não precisam pisar na sala
de aula. Eles ficam em alguma atividade educativa nas proximidades da
escola. Pode ser um estágio na empresa, um curso de dança numa
companhia profissional ou a participação num laboratório de uma
universidade. Por causa de seus resultados, essa escola de ensino médio
está dando um exemplo ao mundo.
É uma escola pública, chama-se Summit e fica na Califórnia (EUA). A
maioria dos seus alunos é escolhida por sorteio, e todos (vamos repetir,
todos) entram na faculdade e são disputados pelo mercado do trabalho.
Eles fazem tudo o que uma boa escola pode fazer: tempo integral,
professores sempre treinados, boa remuneração (o salário varia a partir
do desempenho dos alunos), salas pequenas, recuperação diária aos
alunos com dificuldades, etc.
O fascinante é como eles, para estimular os alunos a aprenderem mais e
melhor, passaram a administrar toda a cidade e suas redondezas como uma
escola.
A Summit acabou de ser apontada uma das dez escolas mais
transformadoras dos EUA. Eles até vão muito bem nos testes nacionais,
ficam acima de 99% de todas as escolas americanas, incluindo as
particulares. Mas o teste é um detalhe, o fundamental é preparar para a
vida, gerando gente curiosa, focada e entusiasmada que, no final, é o
que importa.
Isso é o que significa dialogar com o futuro. E não a pobreza mental de achar que educação é apenas sala de aula.
*
Um dos segredos da escola é preparar os alunos mais preparados a serem professores dos alunos com mais dificuldades.
Folha
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