O processo de ensino e de aprendizagem da Língua Portuguesa tem sido um desafio permanente para os professores e educadores. Por ser a ferramenta básica para a construção e elaboração de conhecimentos em todas as áreas do saber, é um dos elementos centrais na formação do aluno. Não é possível aprender História, Ciências, nem mesmo Matemática, sem o domínio da leitura e da escrita em Língua Materna, pois, ao fim e ao cabo, todas as disciplinas escolares têm como meio de expressão a Língua portuguesa.
A necessidade de formação de um aluno com adequadas habilidades para ler, escrever e se expressar oralmente é uma imposição do século XXI. Isso se deve ao fato de que a informação circula incessantemente e deve ser aprendida e, sobretudo, filtrada, como ao fato de que as pessoas são cada vez mais solicitadas a se expor publicamente, seja pela fala ou por documentos escritos ( a produção de trabalhos técnicos e acadêmicos, a solicitação de um reembolso, de uma benfeitoria em seu bairro, a manifestação de uma reclamação, etc.). O sujeito capaz de ler e interpretar adequadamente um texto torna-se mais apto ao exercício de sua cidadania, mais crítico e assim, mais preparado para intervir na sociedade, além de ser capaz de estabelecer parâmetros de avaliação para a imensa quantidade de informações que está ao seu alcance.
O mundo mudou, as crianças e os jovens que frequentam a escola mudaram, transformou-se profundamente a relação com o conhecimento e é impossível não pensar no ensino e na aprendizagem da Língua Portuguesa dentro desse novo cenário. Refletir sobre práticas de ensino de leitura e escrita na era da informação deve ser exercício constante, seja esta informação transmitida por meio impresso ou eletrônico, nas mais diversas mídias. Visto que, formar alunos capazes de transitar pelo universo da escrita e da leitura com a desenvoltura que nossos tempos requerem, é um grande desafio para professores e educadores.
Dentro dessa perspectiva, são objetivos centrais do trabalho com a Língua Portuguesa:
· Fornecer subsídios para que o aluno, gradativamente, desenvolva e aprimore suas possibilidades de reflexão sobre a linguagem e seu funcionamento;
· Expor o aluno aos mais variados tipos e gêneros textuais, contribuindo para que ele tenha experiências de leituras ricas e diversificadas e que possa ler textos de níveis crescentes de complexidade;
· Oferecer elementos para que o aluno venha a produzir textos, coerentes e claros e que alcancem seu propósito comunicativo – expor, informar, entreter, narrar, etc., conforme o gênero e o tipo escolhidos.
Assim, devemos sempre lembrar que estamos vivendo um tempo de comunicação rápida, de profusão de imagens, de linguagens sintéticas, de novas formas de organização de mensagens – verbais ou não verbais. Essas transformações na comunicação exigem dos indivíduos, cada vez mais, o pleno domínio de diferentes linguagens.
Por Maria Auxiliadora Ferreira
Professora de Língua Portuguesa da Escola estadual Isabel Oscarlina Marques Ensinos Fundamental e EJA- Santa Cruz/RN. Graduada em LETRAS pela Universidade federal do Rio Grande do Norte.
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