O plebiscito sobre a criação do Estado deverá ser feito em até seis meses e, caso seja criado, Tapajós será composto por 27 municípios atualmente localizados da parte oeste do Pará. Os paraenses deverão opinar, na mesma ocasião, a respeito da criação do Estado de Carajás, originário da divisão da região sul e sudeste do território paraense. O plebiscito, aprovado pela Câmara, foi promulgado neste mês. O Plenário do Senado aprovou nesta terça-feira a realização de um plebiscito para consultar a população do Pará sobre a divisão do território do Estado e a criação de outra unidade da federação, denominada Tapajós. Cabe agora o presidente do Congresso, José Sarney (PMDB-AP), promulgar a matéria. As informações são da Agência Senado.
O projeto sobre a criação de Carajás, de autoria do ex-senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO), prevê a composição de 39 municípios, situados na porção sul e sudeste do atual território do Pará. Conforme o movimento, Carajás teria uma população de 1,3 milhão de habitantes.
A senadora Marinor Brito (P-SOL-PA) se posicionou inicialmente contra a divisão do Pará e lembrou que ela é uma das pessoas que foram obrigadas a migrar, ainda criança, da região do Tapajós em busca de melhores condições de vida e estudo. Na opinião de Marinor, a falta de políticas públicas e atenção dos governo resultou na ideia de separação.
“Eu tenho a tranquilidade de dizer que, na história do Pará, na trajetória política dos políticos do meu Estado, os governos que se sucederam foram os grandes responsáveis pelo sentimento de separação que uma parcela significativa da população tem naquela região”, afirmou a senadora.
Apesar disso, Marinor defendeu que se faça o plebiscito por acreditar que a consulta popular é o processo mais democrático para uma decisão como essa.
Nenhum comentário:
Postar um comentário