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Bom mesmo é ir a luta com determinação, abraçar a vida com paixão, perder com classe e vencer com ousadia. Pois o triunfo pertence a quem se atreve... A vida é "muito" para ser insignificante". (Charles Chaplin)


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“.... e aprendi que se depende sempre de tanta, muita, diferente gente. Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas. E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. E tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense estar ....”

(Gonzaguinha)

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quarta-feira, 17 de agosto de 2011

EDUCAÇÃO BÁSICA


A solução está na Educação Básica

Para Ilona Becskeházy, o Brasil precisaria priorizar os investimentos na Educação básica (Educação infantil, ensino fundamental e ensino médio).
Especialista em Administração para Ins­tituições Sem Fins Lucrativos pela Harvard Business School, ela considera que as universidades públicas deveriam captar recursos na sociedade, deixando espaço para os gastos públicos nas etapas anteriores de ensino.

Ilona é diretora da área de Desenvolvimento da Educação da Fundação Lemann, organização sem fins lucrativos focada na melhoria da Educação pública no país.

Nesta quinta-feira, ela estará em Curitiba como convidada do Sala Mundo 2011, encontro internacional de Educação que será realizado nestas quarta e quinta-feiras pelo Grupo Positivo e pela Prefeitura de Curitiba com promoção da Gazeta do Povo.

Confira os principais trechos da entrevista que ela concedeu por e-mail:

Pesquisa recente apresentada pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência mostra que ainda existe uma distância educacional grande entre as classes média e alta. Enquanto 87% dos brasileiros mais ricos concluem o ensino médio, 59% da classe média alcança o mesmo estágio. O que é possível fazer para diminuir essa diferença? 
Uma política educacional equitativa, que, para sê-lo, deve diferenciar os alunos mais vulneráveis e pobres para poder alocar para eles mais recursos materiais e humanos de forma a compensar as diferenças inerentes à origem social.

Alguns estudiosos dizem que o porcentual do Produto Interno Bruto (PIB) gasto pelo Brasil em Educação, em torno de 5%, é suficiente e semelhante ao porcentual gasto por países desenvolvidos, entre eles o Canadá. Outros afirmam que se levarmos em conta variáveis como número de habitantes em idade educacional e valor do PIB, o valor aplicado pelo Brasil é bem menor do que nesses outros lugares. Afinal, o Brasil gasta pouco ou muito com Educação? 

A comparação de gasto com Educação em porcentagem do PIB não é adequada. A maneira correta de se comparar o esforço de uma sociedade com sua Educação é o gasto por aluno e por nível de ensino (da Educação infantil ao superior). Dessa forma, o Brasil perde para todos os países desenvolvidos e até para o Chile e México, e sua carga tributária é tão ou mais alta que a média dos países desenvolvidos.

O Brasil gasta mal os recursos públicos destinados à Educação? É preciso priorizar os investimentos em determinadas etapas de ensino? 

O Brasil ainda não estabeleceu de forma generalizada (ou seja, quando o faz, é no nível da exceção) um parâmetro de gastos para garantir níveis mínimos de qualidade. Além disso, a verificação dos gastos não consegue coibir de forma competente os desvios de verba e a própria corrupção.

É sim uma questão de gestão de recursos, de planejamento de gastos, mas também de escolhas políticas de se gastar em Educação o mesmo que os países desenvolvidos gastam, ou pelo menos aproximar em termos de PIB per capita. E isso deve ser feito priorizando as etapas da Educação básica.

Os servidores das universidades federais iniciaram no dia 15 de junho uma paralisação. Eles reivindicam aumento salarial e vale-alimentação. Os estudantes da Universidade Federal do Paraná, que apoiam o movimento, pedem a construção de mais salas de aula e modernização dos laboratórios. Em sua avaliação, existe a necessidade de mais investimentos nas universidades federais? 

A minha opinião é que as universidades públicas devem aprender a captar recursos na sociedade e deixar espaço para os gastos públicos em Educação básica. Isso pode ser feito cobrando mensalidades de quem pode pagar (e dando bolsas integrais ou parciais de acordo com a capacidade de pagamento) ou fazendo projetos e captação direta de pessoas físicas e jurídicas.

A senhora tem ampla experiência no terceiro setor, especialmente na área educacional. É possível melhorar a Educação por meio de parcerias com ONGs e com o setor privado? 

A responsabilidade de melhorar a Educação é do Estado. A sociedade pode contribuir cobrando qualidade e políticas públicas ou fazendo alguns projetos que ajudem o governo a decidir ações, projetos e políticas públicas podem ser mais eficazes, mas pelo tamanho das ONGs, sua atuação é limitada.

A instituição que a senhora dirige, a Fundação Lemann, financia e desenvolve projetos na área de gestão escolar. Como programas assim podem melhorar a Educação? 

Nossos programas são principalmente de treinamento direto de diretores e professores. Já formamos muitos diretores até agora, mas o trabalho tem de ser permanente e alcançar todas as escolas de uma determinada região e, assim, esbarramos no nosso limite.

Que tipos de dificuldades podem ser contornados com a adoção de métodos de gerência mais eficientes e que problemas não dependem apenas de uma boa gestão? 

Os maiores problemas de boa parte das instituições públicas no Brasil são de gestão e treinamento. Depois disso vem o desafio de alocar recursos para construir infraestrutura para atendimento universalizado de serviços públicos de qualidade. Educação é um dos setores onde esta combinação de desafios (gestão, treinamento e infraestrutura) é mais visível.


Sala Mundo 2011
Diversos pesquisadores do Brasil e do exterior estarão em Curitiba para discutir e trocar experiências sobre grandes temas da Educação. O encontro internacional Sala Mundo 2011 será realizado nos dias 17 e 18 de agosto no Teatro Positivo.

Durante o evento, os convidados apresentarão soluções pedagógicas e administrativas para o dia a dia das escolas, além de abordar assuntos importantes para a Educação básica, como avaliações oficiais de aprendizagem, tecnologia educacional e formação de professores.

A palestra de abertura será com o doutor em Economia Martin Carnoy, pesquisador da Universidade de Stanford e autor do livro A vantagem acadêmica de Cuba, no qual compara os sistemas de ensino cubano, brasileiro e chileno. Com base em suas pesquisas, Carnoy mostrará o que o Brasil pode aprender com países que conseguiram alavancar seus processos de ensino e aprendizagem.

Ainda no dia 17, o Sala Mundo receberá, entre outros pesquisadores, o professor Kazuhiro Yoshida, da Universidade de Hiroshima; José Francisco Soares, professor titular aposentado da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); Pedro Ravela, ex-coordenador nacional do Pisa (Programa Internacional de Avaliação do Estudante) no Uruguai; e Gustavo Ioschpe, mestre em Economia pela Universidade de Yale e autor do livro A ignorância custa um mundo.

No segundo dia estarão presentes, entre outros nomes, Ricardo Semler, Ilona Becskeházy e Cláudio de Moura Castro, doutor em Economia pela Universidade de Berkeley e curador do evento. Outro convidado é o neurocientista Miguel Nicolelis, chefe do Laboratório de Neurociências da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, e fundador do Instituto de Neurociência de Natal, onde são desenvolvidos projetos educacionais de ciência para estudantes de escolas públicas.

Inscrições
As inscrições para o Sala Mundo estão abertas e podem ser feitas no site do evento (www.salamundo.com.br) e custam R$ 740 para escolas conveniadas e parceiras do Positivo, colégios associados ao Sindicato das Escolas Particulares do Paraná e instituições ou órgãos públicos.

Para profissionais inscritos isoladamente, o custo é de R$ 1.480. Preços especiais para grupos acima de dez participantes podem ser negociados na secretaria do evento. Os valores incluem material de apoio, certificado, almoço e tradução simultânea. 

Todos Pela Educação

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