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“.... e aprendi que se depende sempre de tanta, muita, diferente gente. Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas. E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. E tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho por mais que pense estar ....”

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Salário acima do piso atrai docentes de outros estados para Roraima


Salário acima do piso atrai docentes de outros estados para Roraima

Maioria das escolas estaduais de Roraima é indígena (Foto: France Telles/ Divulgação)Atraídos pelo maior piso salarial do país, professores de todo o Brasil se mudam para lecionar na rede estadual de Roraima. Lá, o professor com formação de nível médio em início de carreira recebe R$ 1.400, fora uma gratificação de R$ 700, para jornada de 25 horas semanais. Um docente com doutorado no fim de carreira pode chegar ao teto de R$ 5.297,84 com gratificações para a mesma carga horária, segundo dados do governo.

Professores que atuam em escolas de difícil acesso em Roraima também recebem um adicional que pode atingir até 20% do salário base. Cerca de 80% das unidades escolares entram neste quesito, segundo a secretária de Estado da Educação, Cultura e Desportos, Lenir Rodrigues Luitgards Moura. Segundo ela, das 366 escolas do estado, 222 são indígenas, e em algumas o acesso é feito somente a pé ou a cavalo. "Em outras 101 escolas o acesso se dá só por helicóptero e avião, em outras 13, por barco e canoa."
Segundo a lei do piso do magistério e entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF), um professor com nível médio deve ter remuneração de R$ 1.187 para uma jornada semanal de até 40 horas. Levantamento feito pelo G1 com governo e sindicatos mostrou que oito estados brasileiros não cumprem esta recomendação. São eles: Amapá, Rio Grande do Norte, Santa Catarina, Bahia, Ceará, Goiás, Pará e Rio Grande do Sul.
Professor Damião de Souza Carvalho se mudou da Paraíba (Foto: Arquivo Pessoal) 
Professor Damião de Souza Carvalho se mudou
da Paraíba (Foto: Arquivo Pessoal)
 
'Não adianta ter dois ou três empregos'
Paraibano formado em física, Damião de Souza Carvalho, de 28 anos, seguiu o exemplo do irmão mais velho e se mudou para Roraima em 2007, após ser aprovado em concurso público.
Carvalho dá aulas de física para o ensino médio nos períodos da manhã e tarde em uma escola próxima de sua casa no município de Caracaraí e, apesar de ter as noites livres, descarta a possibilidade de arrumar outro emprego.
“O custo de vida aqui é alto, mas dá para viver tranquilo. Vivo bem, nem se compara à vida na Paraíba. Roraima é um estado que oferece mais oportunidade”, afirma o professor. Para ele, o salário de cerca de R$ 2.400 brutos, é suficiente. “Poderia pegar outra escola, mas minha aula não teria a mesma qualidade. Não adianta ter dois ou três empregos e chegar à sala de aula exausto", diz o professor que pretende ingressar no mestrado.

'Há respeito pelo professor'
Vlagner Fiorese, de 30 anos, também mudou de estado para dar aulas de educação física em Roraima. Ele é natural do Paraná e compõe o corpo docente da rede estadual desde 2008.

No Paraná ganhava salário base de R$ 600 para jornada de 40 horas; atualmente recebe cerca de R$ 2.000 – incluindo gratificação – por 25 horas semanais. “Aqui há um respeito pelo professor tanto que muita gente migra de outros estados. Temos muitos professores da Bahia, Maranhão e de outros lugares", afirma
Fiorese mora em São João de Baliza, perto da escola onde leciona e se diz acostumado com as diferenças culturais dos estados. "O povo é acolhedor, tive proposta para voltar ao Paraná, mas hoje eu não volto." Prestes a concluir a pós-graduação lato sensu em “Educação especial e inclusiva”, Fiorese também quer fazer mestrado. 

Rede estadual de Roraima atende mais de 86 mil alunos (Foto: Divulgação) 
Rede estadual de Roraima atende mais de 86
mil alunos (Foto: Governo do Estado/Divulgação)
 
Para a secretária de Educação de Roraima, Lenir Rodrigues, se o salário oferecido pelo estado fosse baixo, seria praticamente impossível preencher o quadro com profissionais qualificados. "Nosso custo de vida é alto por estarmos longe dos grandes centros. Além disso, o governo reconhece o trabalho dos professores como de suma importância para o desenvolvimento social do estado."
Lenir diz que o governo se esforça para aplicar os 25% do orçamento em educação, conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal, e que pretende no próximo ano desmembrar a secretaria de educação da de cultura e esportes para poder investir mais na pasta. Um dos desafios do estado, segundo a secretária, é melhorar a infraestrutura das escolas que hoje está longe do adequado.
O corpo docente da rede estadual de Roraima é formado por 5.079 professores do estado, 1.287 da União, e 714 temporários. No total, eles atendem 86.147 alunos

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