Como resultado da atual dinâmica social, a figura paterna sofreu alterações significativas, determinadas principalmente pelos avanços tecnológicos na área médica, relacionados à concepção humana, bem como pela entrada maciça das mulheres no mercado do trabalho. Como não poderia deixar de ser, essas mudanças influenciaram várias instituições sociais, resultando, por exemplo, em diferentes formatos de família, de casamento, de relação entre pais e filhos. Além disso, o conceito de pai também se alterou: passou da condição de aporte biológico para suporte social. Isso significa haver muitos pais: os adotivos, os biológicos, os do coração... São avôs, tios, amigos da família, professores...

Desse modo, a Escola, por meio do projeto Meu pai, meu querido amigo, sugere a celebração entre pais e filhos com a certeza de que essa relação, quando bem conduzida, pode transformar o grupo onde vivem seus protagonistas, atribuindo mais significado ao dia-a-dia das famílias.

Cabe à escola, como espaço de reflexão e crescimento humano, mediar as alterações, os novos conceitos e formatos das instituições sociais. Comemorar o Dia dos Pais na escola é reconhecer esse momento para privilegiar atividades que promovam análise crítica e também impliquem valores como carinho, amor, respeito, justiça social, igualdade, fraternidade...
Celebrar o Dia dos Pais, considerando a escola como mediadora das diferenças com as quais os estudantes convivem, de modo a instrumentalizá-los em suas ações sociais. 
Desenvolver o projeto com todos os alunos da escola, em subprojetos interdisciplinares ou multisseriados que contemplem atividades variadas. Durante o mês de agosto ou na semana que antecede a data, a ideia é desenvolver atividades que proporcionem às crianças reflexão sobre os aspectos essenciais das instituições sociais envolvidas (pai, família, grupo, equipe), contando, quando possível, com a participação e a presença física dos pais na escola. Isso porque trabalhar a competência da análise e das múltiplas leituras de mundo com as crianças é tão importante quanto com os pais, considerando que eles, e a família de modo geral, fazem a interligação escola-família, revelando-se isso recurso precioso para a concretização dos objetivos educacionais.

Atividades sugeridas

• Declamação
  

Organizar recital de pequenos textos literários para os pais em encontro por sala, série ou nível de ensino.

• Festival da canção
  
  

Organizar apresentação de canções com temática referente aos pais, em encontro por sala, série ou nível de ensino.

• Olha só o que fiz para você!
  
  

Sugerimos a confecção de pequeno presente ou lembrança para os pais. Valorizar sempre a construção própria das crianças, incluindo neste caso também os estudantes “maiores” (EF2 e EM), com o objetivo de trabalhar valores estruturantes da relação aluno-família.

• Meu pai – seu passado meu futuro
  
  

Orientar os alunos para atividades coletivas de construção de textos a partir de histórias dos pais.  A escola deve ser sensível no modo como orienta os estudantes a entender “pai” além do âmbito biológico.
Organizar uma “calçada da fama” para os pais. Providenciar folha de papel A3 com desenho de uma grande estrela para cada aluno levar para casa e pedir ao pai para imprimir as mãos com tinta guache. Depois, colar as folhas identificadas por pai e filho num painel organizado, sequencialmente, em corredor, calçada ou parede. Como homenagem surpresa, selecionar música bonita e emocionante para os filhos cantarem e encantarem os pais. 

• Meu pai e outros pais
  
  

Planejar com as crianças pesquisa de imagens com a representação de pais, aproveitadas na produção de textos de gêneros diversos, em que a tônica seja o elogio e a consciência da importância social desse personagem. Organizar um caderno coletivo das produções e, durante o mês de agosto, enviá-lo cada dia para uma família, solicitando-lhe opinião escrita sobre o tema. Com o material de retorno das famílias, completar o caderno coletivo ou construir outro, fechando o objetivo do trabalho simultâneo aluno-família.