RESUMO-
SALES,
M.C.L. Estudo da degradação ambiental em Gilbués - PI: reavaliando o
"núcleo de desertificação". São Paulo, USP/FFLCH/Departamento
de Geografia. Dissertação de Mestrado, 1998.
INTRODUÇÃO
1. Marta Celina
Linhares Sales
2. Partindo de uma
breve caracterização geoambiental da região nordeste e contextualizando a
inserção do tema da desertificação nos estudos regionais, foi possível
selecionar os principais trabalhos, realizados em escala regional, os quais
serão aqui apresentados em detalhe.
3. O objetivo é
mostrar os resultados até agora encontrados, comparar as metodologias
empregadas e sugerir possíveis caminhos a serem tomados nos
estudos da
desertificação no Nordeste brasileiro.
4. Nosso objetivo
aqui, longe de ser uma avaliação aprofundada sobre a complexa situação do
Nordeste, é
apresentar um panorama que permita situar as questões ligadas à desertificação
na região.
Em uma análise mais acurada sobre essas relações no
Nordeste,especialmente no semiárido, AB'SABER (op.cit., p.49) faz a seguinte
observação:
“A especificidade
dos problemas humanos e sociais do Nordeste seco está diretamente relacionado
ao balanço entre o quantum de humanidade que a região precisa alimentar e
manter e as potencialidades efetivas do meio físico rural, dentro dos padrões
culturais de sua população e dos limites impostos pelas relações dominantes de
produção.”
São antigos os
estudos e registros sobre secas, empobrecimento ambiental e suas conseqüências
na organização sócio-econômica do
Nordeste brasileiro. Muitas vezes, esses problemas são evocados como os
responsáveis pelo subdesenvolvimento da região. Os documentos mais antigos
fazem referência principalmente às secas.
v
Síntese
dos principais estudos sobre desertificação apresentados para o nordeste do
Brasil:
CAMPOS e KHAW
(1992) e ROBOCK (1992)
v
Secas;
v
Políticas de combate às secas;
v
Soluções
que eles buscavam;
v
Fatores
naturais e de intervenção humana;
REBOCK(1992),ao discutir as políticas de combate as secas,
faz as seguintes observações:
"Movido por
essa grande tragédia, o imperador D. Pedro II criou uma Comissão de Inquérito
cuja recomendação principal era de melhoria dos meios de transporte e a construção
de uma série de açudes. Um dos três açudes recomendados era o do Cedro, no
município de Quixadá, cuja obra foi iniciada em 1884 e concluída em 1902, 22
anos depois, tendo sido interrompida muitas vezes. Para muitos brasileiros, o
açude tornou-se um símbolo da ineficiência e do desperdício na luta contra a
seca" (p.160).
v NA LITERATURA, OBRAS CLÁSSICAS COMO:
v
O QUINZE
(Raquel de Queiroz);
v
VIDAS
SECAS(Graciliano Ramos);
v
OS
SERTÕES(Euclides da Cunha);
DUQUE (1973-1982)
v
Agricultura
Ecológica no Nordeste;
v
Desertificação
e degradação;
CONTI (1995)
v
Identificação
de áreas desertificadas;
PROF. JOSÉ
VASCONCELOS SOBRINHO (UFPE)
(1970 -1974 – 1978b
– 1983)
v
Polígono
das secas;
v
Baseada
na ONU;
v
Defendia
equilíbrio ecológico estável relacionando
v
pluviosidade,solo,hidrografia
e clima.
SEGUNDO O PROF. JOSÉ
VASCONCELOS EXISTEM NOVE GEÓTOPOS.
partindo da base conceitual preconizada
nos estudos de Geografia Física Global, o autor
descreve as áreas suscetíveis aos processos de desertificação, considerando sua predisposição geoecológica, quase sempre acentuadas por ações antrópicas diretas ou indiretas. Destacam-se, assim, nove geótopos áridos
no Nordeste, como as áreas mais atingidas. São eles:
descreve as áreas suscetíveis aos processos de desertificação, considerando sua predisposição geoecológica, quase sempre acentuadas por ações antrópicas diretas ou indiretas. Destacam-se, assim, nove geótopos áridos
no Nordeste, como as áreas mais atingidas. São eles:
v
Altos
pelados;
v
Salões;
v
Vales e
encostas secas;
v
Lajedos-Mares
de pedra;
v
Áreas de
paleodunas;
v
Áreas de
topografias;
v
Áreas de
revolvimento;
v
Malhadas
de chão pedregoso;
v
Áreas
Degradadas por raspagem ou empréstimos de Terra;
AB’SABER (1977)
v
Percebe-se
a degradação nas áreas úmidas e faixa de transição, identificação mais de degradação
pontual no Nordeste;
NIMER (1980,1988)
v
Conceito
de deserto e desertificação;
v
Em
(1988) Realidade ou mito?
RODRIGUÊS (1992)
v
Metodologia
baseada em indicadores socioeconômico;
v
Metodologia
baseada na suscetibilidade climática;
ATUALIZADO POR
FERREIRA E COLS (1995)
v
Determinação
do índice de aridez;
v
Introdução
de dados socioeconômicos nos estudos de desertificação.
CONTI (1995)
v
Destaca
a mudança de Regime;
v
De
chuvas nas últimas décadas;
v
Analise
da variabilidade interanual das chuvas;
v
Instabilidade
climática;
v
Não
houve confirmação de ciclidade pluviométrica.
SALES(1998)
v
Faz uma
reavaliação do núcleo de desertificação de Gilbués no Piauí.
SOUZA(1999)
v
Apresenta
uma contribuição metodológica importante para o estudo de áreas desertificadas.
CONCLUSÃO
Segundo dados do Ministério do Meio Ambiente,as áreas
afetadas pela desertificação na Região Nordeste abrangem cerca de 181.000 Km² e
as perdas econômicas podem chegar a 100 milhões de dólares anuais.
Os dados analisados sobre os estudos de desertificação
para o Nordeste apresenta muitas divergências, que dificultam a
compreensão e uma abordagem do problema
parece estar relacionada a indagação existentes, entre as escalas de trabalhos
e as metodologias proposta. A diversidade dos ambientes naturais e dos arranjos
socioeconômicos existentes, requer, para as áreas afetadas pelos processos de
desertificação, estudos individualizados e soluções também diferenciadas.
MENSAGEM-
A Educação ambiental é considerada um
processo permanente no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do
seu meio ambiente e adquirem o conhecimento, os valores, as experiências e a
determinação que os tornam aptos a agir- individual e coletivamente – e
resolver problemas ambientais presentes e futuros. ( DIAS,1994,p.83).
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