HISTÓRICO
No ano de 1894,
tornou-se pública a existência de uma fazenda de gado por nome Campo Redondo,
situada na serra do Doutor, na região do Trairi de propriedade de Francisco
José Pacheco.
Por decisão do
proprietário foi construída na fazenda uma capela em homenagem a Nossa Senhora
de Lourdes, em 1917, para levar até a povoação a presença religiosa e por
gratidão do sucesso obtido na plantação do algodão e o êxito das lavouras.
Em 1922, Campo Redondo já tinha uma feira e
uma rua com trinta casas o que lhe dava aparência de povoado. A capela foi
substituída por uma igreja maior em 1935 e três anos depois Campo Grande foi elevado à condição de vila,
passando a se chamar, oficialmente, Serra do Doutor, no dia 30 de dezembro de
1943. Logo depois voltou ao seu nome original, Campo Redondo. Em 26 de março de
1963, pela Lei nº 2.855, desmembrou-se de Santa Cruz e tornou-se município com
o nome de Campo Redondo.
1. IDENTIFICAÇÃO
Nome do Município: Campo Redondo
Lei de Criação: n°
2.855 Data: 26/03/1963
Desmembrado de: Santa Cruz
Microrregião do IBGE: Borborema Potiguar
Zona Homogênea do Planejamento: Agreste
Índice de
Desenvolvimento Humano: 0,633
Esperança de Vida ao Nascer: 65,756
2. CARACTERIZAÇÃO FÍSICA
2.1 –Localização, Área, Altitude da Sede, Distância em Relação à Capital e
Limites
Coordenadas Geográficas: latitude: 6º 14’ 29” Sullongitude: 36º 10’ 57” Oeste
Área: 213,73 km², equivalente a 0,45% da
superfície estadual.
Altitude da Sede: 471 metros
Distância em Relação à Capital: 136 km
Limites:
Norte – Lajes Pintadas, São Tomé e Currais Novos
Sul
– Coronel Ezequiel
Leste
– Santa Cruz e Lajes Pintadas
Oeste
–Currais Novos
2.2 – Clima
Tipo: clima muito quente e semi-árido, com
estação chuvosa atrasando-se para o outono.
Precipitação Pluviométrica Anual: normal: ...
observada: ...
desvio: ...
Período Chuvoso:
março a maio
Temperaturas
Médias Anuais: máxima: 33,0 °C
média: 25,6 °C
mínima: 18,0 °C
Umidade Relativa
Média Anual: 73%
Horas de Insolação:
2.400
2.3 – Formação
Vegetal
Caatinga
Hipoxerófila - vegetação de clima semi-árido, apresenta arbustos e árvores com
espinhos e de aspecto menos agressivo do que a Caatinga Hiperxerófila. Entre
outras espécies destacam-se a catingueira, angico, juazeiro, braúna,
marmeleiro, mandacaru, umbuzeiro e aroeira.
Caatinga Subdesértica do Seridó - vegetação
mais seca do Estado, com arbusto e árvores baixas, ralas e de xerofitismo mais
acentuado.
2.4 – Solos
Solos predominantes
e características principais:
Solos Litólicos Eutróficos
- fertilidade natural alta, textura arenosa e/ou média, fase pedregosa e
rochosa, relevo ondulado, bem acentuadamente drenado, rasos e muito erodidos.
Uso: neste solo a
agricultura é quase inexistente, cultivando-se apenas milho, algodão, em
pequenas áreas, devido a limitações muito fortes pela falta d’água, grande
suscetibilidade a erosão, além do impedimento ao uso de máquinas agrícolas, em
decorrência da pedregosiadade, rochosidade e pequena profundidade destes solos.
Nestas áreas deve-se conservar a vegetação natural para preservação da flora e
da fauna. Destaca-se na produção de feijão e maracujá.
Aptidão Agrícola:
regular para pastagem plantada, aptas para culturas especiais de ciclo longo,
(algodão arbóreo, sisal, caju e coco). Regular e restrita para pastagem
natural. Pequena faixa da terra com aptidão regular para lavouras e terras
indicadas para preservação da flora e da fauna numa pequena área ao norte.
Sistema de Manejo:
a maior parte da área apresenta baixo e médio nível tecnológico, onde as
práticas agrícolas dependem do trabalho braçal e da tração animal com
implementos agrícolas simples. Uma pequena área apresenta alto nível
tecnológico onde as práticas agrícolas podem estar condicionadas a
motomecanização.
2.5 – Relevo
De 200 a 800 metros
de altitude
Serras: do Doutor,
Branca e Vermelha.
Planalto da
Borborema - terrenos antigos formados pelas rochas Pré-Cambrianas como o
granito, onde encontram-se as serras e os picos mais altos.
2.6 – Aspectos
Geológicos e Geomorfológicos
Geologicamente o município é
caracterizado por rochas pertencente ao Embasamento Cristalino, onde
predominam, migmatitos, anfibolitos, gnaisses, xistos, granitos, com Idade
Pré-Cambriano Médio a Inferior (1.100 - 2.500 milhões de anos), cortados
localmente por veios de quartzo e diques de pegmatitos (500 milhões de anos). Geomorfologicamente
predominam formas tabulares de relevos, de topo plano, com diferentes ordens de
grandeza e de aprofundamento de drenagem, separados geralmente por vales de
fundo plano.
Gemas
Água marinha - é considerada a gema mais abundante e
valiosa do Rio Grande do Norte, tanto pela quantidade produzida como pelo valor
da produção. Geralmente, a água marinha é encontrada em bolsões de dimensões
variáveis e formas irregulares, dispostos aleatoriamente no interior dos
pegmatitos, intimamente associada ao berilo industrial. A cor mais frequente da
água marinha do Estado é azul claro, sendo o azul médio mais valioso e menos
comum. A água marinha pode ser límpida ou apresentar inclusões sólidas e
líquidas diversas, sendo também quebradiça e sensível a pessão. O tratamento
térmico à temperatura de 400ºC torna a cor azul mais escura e homogênea,
aumentando o valor.
Recursos Minerais
Associados
Complexo
Gnáissico-Migmatítico - rocha ornamental - especialmente migmatitos (piso e
revestimento); (brita e rocha dimensionada para construção civil).
Formação Seridó -
potencial para cordierita e andaluzita (minerais utilizados na indústria de
refratários).
2.7 – Recursos Hídricos
Hidrogeologia:
Aqüífero Cristalino
- engloba todas as rochas cristalinas, onde o armazenamento de águas
subterrâneas somente se torna possível em áreas que a geologia local apresenta
fraturas associadas a uma cobertura de solos residuais significativa. Os poços
perfurados apresentam uma vazão média baixa de 3,05 m³/h e uma profundidade de
até 60 m, com água comumente apresentando alto teor salino de 480 a 1.400 mg/l
com restrições para consumo humano e uso agrícola.
Aqüífero Aluvião -
apresenta-se disperso, sendo constituído pelos sedimentos depositados nos
leitos e terraços dos rios e riachos de maior porte. Estes depósitos
caracterizam-se pela alta permeabilidade, boas condições de realimentação e uma
profundidade média em torno de 7 metros. A qualidade da água geralmente é boa e
pouco explorada.
Hidrologia:
O município encontra-se
com 98,54% do seu território inserido na Bacia Hidrográfica do rio Trairi e
1,46% na Bacia Hidrográfica Piranhas - Açu.
Rios: Campo
Redondo, Inharé, Trairi
Riachos: Beira da
Mesinha ou Cavão, do Kuji, da Lagoa, do Catolé ou Bom Jesus, M. Antonio, São
João, do Maxixe, Malhada da Quixaba, Serro Branco, da Veneza, Olho d’Água,
Porão, Fechado, Timbaúba, Salgadinho.
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