A Pedagogia da Esperança de Paulo Freire
Paulo Freire, pensador brasileiro, é autor de uma vasta obra que,
ultrapassando as fronteiras do país, espalhou-se por diferentes países da
Europa, da América e da África.
Segundo Paulo Freire, a educação é uma prática política tanto quanto
qualquer prática política é pedagógica. Não há educação neutra. Toda educação é
um ato político.
Assim, sendo, os educadores necessitam construir conhecimentos com seus
alunos tendo como horizonte um projeto político de sociedade. Os professores,
são, portanto, profissionais da pedagogia da política, da pedagogia da
esperança.
Sua pedagogia tem sido conhecida como Pedagogia do Oprimido, Pedagogia da
Liberdade, Pedagogia da Esperança. Paulo Freire é autor de uma vasta obra, traduzida
em vários idiomas.
Em seus trabalhos, Freire defende a idéia de que a educação não pode ser
um depósito de informações do professor sobre o aluno. Esta "pedagogia
bancária" , segundo Freire, não leva em consideração os conhecimentos e a
cultura dos educadores.
Respeitando-se a linguagem, a cultura e a história de vida dos educandos
pode-se levá-los a tomar consciência da realidade que os cerca, discutindo-a
criticamente. Conteúdos, portanto, jamais poderão ser desvinculados da vida.
Tanto quanto Freinet, Paulo Freire cultiva o nexo escola/vida,
respeitando o educando como sujeito da história.
As pessoas podem não ser letradas mas todas estão imersas na cultura e,
quando o educador consegue fazer a ponte entre a cultura dos alunos,
estabelece-se o diálogo para que novos conhecimentos sejam construídos.
A base da pedagogia de Paulo Freire é o diálogo libertador e não o
monólogo opressivo do educador sobre o educando.
Na relação dialógica estabelecida entre o educador e o
educando faz-se com que este aprenda a aprender.
Paulo Freire afirma que a "leitura do mundo precede a leitura da
palavra", com isto querendo dizer que a realidade vivida é a base para
qualquer construção de conhecimento.
Respeita-se o educando não o excluindo da sua cultura, fazendo-o de mero
depositário da cultura dominante.
Ao se descobrir como produtor de cultura, os homens se vêem como sujeitos
e não como objetos da aprendizagem. A partir da leitura de mundo de cada
educando, através de trocas dialógicas, constróem-se novos conhecimentos sobre
leitura, escrita, cálculo. Vai-se do senso comum do conhecimento científico num
continuum de respeito.
A educação, segundo Freire, deve ter como objetivo maior desvelar as
relações opressivas vividas pelos homens, transformando-os para que eles
transformem o mundo.
Paulo Freire é um educador com profunda consciência social. Mais do que
ler, escrever e contar, a escola tem tarefas mais sérias - desvelar para os
homens as contradições da sociedade em que vivem.
Paulo Freire além de sua obra de pensador, tornou-se conhecido pelo
método de alfabetização de adultos que criou, conhecido como Método de
Alfabetização Paulo Freire.
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Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro
Secretaria Municipal de Educação
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Ltda. – MULTIRIO
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